Empregos fora do Brasil

Vem crescendo o número de brasileiros que decidem ir para o Exterior em busca de empregos e melhores condições de vida.

Na atualidade, talvez mais do que nunca, o número de pessoas que decidem realizar vida nova fora do Brasil é bem maior. Estatísticas mais recentes apresentam os dados projetados pela Receita Federal, os quais exibem resultados que indicam que em torno de 22,4 mil cidadãos já entregaram a declaração para a sua saída definitiva do território nacional, no ano de 2018. No ano de 2017, este número estava em 21,2 mil.

Este tipo de declaração definitiva consiste em um dever cívico de todo brasileiro que está decidido viver fora. Entretanto, apesar de todas as exigências, e até certa burocracia no processo, houve significativo aumento nos registros de entrega destas declarações.

Desde o ano de 2014 está se acentuando a saída definitiva de cidadãos brasileiros para outros países. Parte disso se deve à grave recessão econômica, desempregos. Antes deste período, o número de pedidos superava a marca de 10 mil.

Outro fator importante está no fato de que, em muitos países, há políticas de incentivo cujo escopo está em atrair mão de obra estrangeira, mesmo que todo o tramite migratório funcione de forma bastante burocrática. Os países mais visados pelos brasileiros que desejam sair são o Japão e o Canadá, nos últimos anos. A Europa está em baixa, neste momento, dada as invasões islâmicas.

Os dois países citados, atualmente, combinam o baixo desemprego com uma população mais idosa, que deixa margem para mais oportunidades a jovens estrangeiros.

O governo do Japão decidiu começar a recrutar novos colaboradores de fora, com oportunidades em mais de 14 áreas profissionais, conforme os dados angariados do próprio consulado japonês, aqui. Existem oportunidades de empregos, sobretudo, nas seguintes áreas:

Em serviços de limpeza e de cuidados domésticos; para a indústria manufatureira; na área de eletrônica e de serviço automotivo; no setor de construção civil; no setor de agricultura, entre outros setores.

A viagem para trabalho no Japão tende a ser sempre bem mais dinâmica, sem burocracia, sobretudo para os profissionais que fazem parte de, até, a terceira geração dos descendentes de japoneses que se instalaram no Brasil, nas décadas passadas.

Há pouco tempo, dado o aprofundamento da situação de escassa mão de obra, o próprio governo japonês fez iniciar novo programa que visa garantir maior facilidade de entrada dos descendentes pertencentes à quarta geração.

O governo do Canadá está em constante procura e recrutamento de mão de obra, para diversas áreas profissionais, sobretudo para os estrangeiros. Os projetos daquele governo abrangem um exclusivo programa profissionalizante, de título Express Entry. Canadá está entre os países com maior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).

A partir do ano passado, 2018, em torno de 1,3 mil cidadãos brasileiros passaram a integrar este novo programa, de acordo com o próprio consulado do Canadá. Deste modo, a entrada de brasileiros naquela nação tem se intensificado desde o ano de 2015, e cerca de 250 pessoas já foram muito bem beneficiadas.

Atualmente, o Brasil está no ranking dos países com o maior contingente de profissionais contratados por meio deste programa, sendo a sexta nação com maior quantidade de pessoas trabalhando fora, pareando com a Índia, a China, a Nigéria, o Paquistão e mesmo o Reino Unido.

Entretanto, é muito importante planejar este itinerário.

Toda pessoa que deseja iniciar vida nova em outro país, deverá se organizar e agir com muita responsabilidade. Abaixo seguem algumas dicas:

A – saber manter rigorosa organização na sua documentação, sobretudo o visto de trabalho;

B – possuir domínio fluente do idioma do país onde pretende estabelecer residência;

C – nada de deixar pendências jurídicas e (ou) financeiras no Brasil;

D – ter profundo conhecimento dos costumes e da cultura do país para onde vai se deslocar;

E – imprescindível organização da moradia e da garantia de educação, quando se trata de levar toda a família junto.

Por Paulo Henrique dos Santos